sexta-feira, 24 de maio de 2013


Jean Piaget chamou a segunda infância de estágio pré-operacional. Neste segundo grande estágio de desenvolvimento cognitivo, que dura aproximadamente dos 2 aos 7 anos, as crianças gradualmente tornam-se mais sofisticadas no uso do pensamento simbólico, que surge no final do estágio sensório-motor.
De acordo com Piaget, as crianças, tal como já foi referido anteriormente, apresentam um progresso franco relativamente ao pensamento, que é de origem simbólica, evoluindo para pensamento lógico no estádio de operações concretas.
O fenómeno central de desenvolvimento deste período reside na cognição, que é feita de forma dinâmica, com um papel activo por parte da criança. Esta construção de conhecimento, fundamental ao desenvolvimento ontológico, apresenta-se sob várias formas, permitindo alguns avanços cognitivos, mas por outro lado, limitações ao nível do pensamento pré-operacional.
 As crianças pré - operacionais consideram o mundo somente através dos seus olhos. O seu modo de pensar reflecte uma posição auto centrada; além disso, elas não conseguem ver uma situação do ponto de vista de outra pessoa.
Em consequência do egocentrismo do pensamento das crianças, elas não conseguem entender as consequências das suas acções nas outras pessoas, em termos de sentimentos. Por isso, tentar controlar o comportamento das crianças pequenas pela explicação do efeito de seu comportamento sobre os outros, talvez seja inútil (pelo menos durante este período cognitivo)

Também nesta fase as crianças têm tendência para "dar vida" a qualquer tipo de objectos como por exemplo bonecas e plantas.Para elas, estes objectos podem ver, sentir e pensar da mesma forma delas.
Desta forma constatamos que de uma forma geral, para crianças dos 2 aos 7 anos tudo parece real, sendo incapazes de distinguir entre a realidade e um sonho.
Com o passar do tempo e à medida que o desenvolvimento cognitivo evolui, a criança começa a ter a percepção de como situações passadas, desencadeiam situações futuras factos que até então a criança era incapaz de pensar.
O pensar reversível começa a surgir no quinto ou no sexto ano e significa a transição para níveis superiores de funcionamento cognitivo.

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